domingo, 25 de abril de 2010

Farol


 

















Eis que surge na escuridão ,
Corta a brisa e faz clarão
Vejo a vindo em minha direção ,
Luz que não vai de encontro ao chão.
Eis que paira um instante,
Sobre um casal de amantes.
Logo vai surgindo o dia,
E se faz em companhia.
Aos poucos se esvai,
Pois no céu surge o sol.
Casal de amantes partem,
E apaga-se o farol.

Autor : César Santos

sábado, 24 de abril de 2010

Palhaço














]



Palhaço é atrapalhado
mas é muito engraçado

As crianças não param de rir
e se divertir

Ele corre,
pula, dança
e meche a poupança

E por incrivel que pareça
ele não se cansa
de brincar com as crianças

    Natane Almeida
                                                          

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Todo Dia!



   

Estou indo embora,bem cedinho
vou cumprir o meu  trabalho
pra criar nossos filhinhos
lhes dar pão e agasalho...

Saio cedo, a luz acesa
ilumina inda nossa casinha
ao voltar, trago pra mesa
arroz,feijão e também farinha.

A estrada é longa e bem sozinho,
caminho muito e fico a imaginar
como seria se eu fosse sozinho
não ter ninguém a me esperar!

Volto logo ao fim do dia
me esperem sem dormir
quero ter perto a alegria
de com a família compartir.

Depois, por certo eu espero
criançada vai logo dormir...
Pego a mulher que tanto quero
e ela então,me faz sorrir...

Amanhã é outro dia
tudo vai recomeçar
sempre tenho a alegria
que é a da hora de voltar!



       Chica
 Publicado no Recanto das Letras
            

sábado, 17 de abril de 2010

Retrato

 










"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles
 

Despedida

 
















Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.

Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão.
- Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?

Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra...)
Quero solidão.

Cecília Meireles