Olho-te... Num esfôrço descomunal Para que saía daí Dessa tua imageria insolvente Demarcada,nessa geometria De contornos estáticos Que viesse para mim À minha frente,dançando Dentro de um arco-íris de afetos Numa entrega infinita De envolventes desejos Olho-te... A fugir da moldura,passo a passo Como num truque, Pela primeira vez de uma nossa loucura Desenhando-o, ter vindo para mim Em verdades turquesas Olho-te... Sem os excessos Da minha lucidez No lousa lembrança, Que parece-me,intacta Que o passado derrama Na ameaça desse hiato, Escapas da tua marmorizada pose E, tua bôca adensa o silêncio, a beijar-me Teus olhos pedintes, gritam-me Em vozearia do teu coração, que chama-me Aos teus adventícios subterrâneos Às tuas instâncias secretas Onde nunca consegui chegar Na tua terra onde nunca pisei Olho-te... Contemplo,mais uma vez Em multidões de vêzes, o teu retrato É o teu rosto, para mim,assim exposto Encardido de amarelo pelo vigor do tempo Pela fuligem da saudade Por não conseguir Esquecer-te, Olho-te..... Conheça Vilma Belfort (Clique na imagem) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
sábado, 22 de maio de 2010
3x4
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O Fábio ja tinha me recomendado essa poetisa. A famosa poetisa do Amor. :+
ResponderExcluirLinda poesia...Amei...Parabens...
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